Sócrates foi condenado à morte. O motivo? Conseguia mostrar para os sábios e detentores das certezas de que eles eram, nada mais do que, ignorantes. E ele fazia isso com uma arma muito sutil e poderosa: a pergunta.
Era uma tática simples, porem genial. Enquanto o sujeito vinha com uma certeza, Sócrates confrontava essa certeza fazendo perguntas sobre ela. E cada pergunta feita, o sujeito percebia que, no fim das contas, não sabia de nada do que estava falando.
Sócrates teve que escolher entre deixar de dar aulas (e portanto, parar de questionar as pessoas) ou tomar uma veneno chamado cicuta. Ele escolheu à morte.
Sócrates foi genial pois ele tinha consciência de que não sabia de nada. E sua busca por respostas só mostrava para as pessoas o quanto elas mesmas também não sabiam. Com isso, Sócrates desmascarou muita gente que se dizia sábia.
Dentre os desmascarados, estavam Anito, Meleto e Licon, representantes das classes dos políticos, poetas e oradores da cidade, que enfurecidos com o Filósofo, os levaram ao tribunal e os condenaram por dois crimes: corromper os jovens com suas ideias subversivas e por não adorar os deuses.
Sócrates teve que escolher entre deixar de dar aulas (e portanto, parar de questionar as pessoas) ou tomar uma veneno chamado cicuta. Ele escolheu à morte.
Os atos de perguntar, questionar e duvidar são muito eficazes para desmascarar discursos cheio de certezas. Esses discursos impossibilitam as pessoas de buscarem conhecimento. Só a dúvida é combustível para a verdade.
Continuarei perguntando. Continuarei desconstruindo certezas. Continuarei buscando conhecimento. Tudo isso, apenas questionando. Pois como o mestre, tenho a consciência de que não sei das coisas. Minhas perguntas só irão ofender aqueles que acham que sabem algo. Para aqueles que nada sabem, minhas perguntas só serão bem-vindas.
E se um dia eu tiver que escolher entre parar de questionar os que me cercam ou tomar um copo de veneno, fique certo, tomarei o veneno num gole só!
Um brinde à Sócrates.
Conhecimento é Conquista -FS
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